sábado, 27 de agosto de 2011

Olhar a vida e ver a arte!

Minutos atrás terminei de assistir o filme, O eclipse do Amor, o qual você me emprestou demonstrando olhares de surpresa e um certo cuidado por já conhecer o filme, na hora não tentei decifrar o que seu olhar me dizia,  mas ficou como enigma, não podemos ter a pretensão de saber tudo na mesma hora, nem andar mais que o tempo, só podemos usá-lo sem nenhum domínio efectivo, tão pouco será benéfico para alguém em algum lugar, diante do agora definir em apenas uma momento, quem ela é, mas sim quem ela foi e quem não será, o que quer em relação de si com o mundo que vem, pelo pouco vivido ou pelo muito desperdiçado, só podemos viver no agora das escolhas presentes, onde o devir da ladeira da vida nos leva 99% , e ficamos devendo o restante em juros.


Durante o filme fui lembrando dos seus olhares na quela noite, que agora sei por que, mas ainda não consegui decifrar ou realmente descrever qual era a tradução daquela forte expressão, pois a primeira vista entendi como os seus trejeitos, costume e hábitos. Talvez precisemos conversar mais, mas até este detalhe já prenunciamos juntos o que tende a acontecer, pois sem sono e na larica da madrugada de início de uma amizade, havíamos comentado uma futura visita e suas repetidas e previstas conseqüências, onde traria um possibilidade clara de mais uma noite de conversas estendidas na admiração e nas expressões  e aspectos silenciosos.


No entanto, seria  outra noite sem sono, para na energia de nossas presenças  o prazer da consonância de idéias, detalhes da conversa que tivemos em João Pessoa das 11:00 as as 06:00, cinco horas  numa sutil madrugada, compreensão, surpresa, segredos e admiração a cada palavra que expusemos. Sobre o mundo, do eu, as pessoas e suas visões de mundo fracassadas e repetitivas,  retornando  muitas vezes por muitos, segredos humanos escondidos como crimes de estado, em felicidades enlatadas em um pacotes de ideologia compradas e perdidas na bagunça de uma feira de camelô em fim de tarde. Sentimentos que achamos vãos, que os outros acham e perdem a cada banca na procura de se perde na expectativa previsível de encontrar-se.


E nossas observações inconformadas do amor do homem simples, diante desse universo de incertezas improprias das paixões dos homens modernos, ao moverem-se "talvez inconscientemente querendo" descobrir o abismo da vida. Traçamos nosso caminho em em decisões a outra direção, particularmente mais original, mas não menos sozinhos, que  a humanidade talvez numca encontre, mas que os animais comuns sempre sentiram.


E assim nós dois numa sensível sinceridade de quem não tem medo de demonstrar suas carências, marcas e medos, em poucos olhares encontramos a confiança e o desprendimento das limitações do eu, de que muitos duram anos para construir. Nós aprofundamos no revelar interior de nossas marcas, sem nenhuma garantia de cumplicidade.


Abraços, gentilezas e atenção, amizade solidificada em cinco horas de conversa e num abraço de despedida em uma lotação de operários a fazer suas histórias coletivas, em caminho a aula e eu a rodoviária, vamos de encontro a vida e agora a distância nos faz mais amigos, traz a leve certeza de que no silencio ou em qualquer vontade, uma amizade sem limites se construiu em suaves gestos e paralavras de uma rara noite em Jessoa Pessoa, depois de uma semana de obstáculos superados com o mesmo olhar sobre a vida.


De George a uma pessoa especial!

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