domingo, 8 de maio de 2011

Inquetação natural: Raizes do Brasil

Sérgio Buarque de Holanda no livro Raízes do Brasil públicado em 1936 usa o tipo ideal comparativo de Max Weber,ao trabalhar uma percepção da dualidade ou contradição visível em dois movimentos que distingui o Brasil, um destes é o movimento de industrialização e modernização o que fez com que ocorra uma certa Europeização da cultura Brasileira, ao mesmo tempo inerente ao seu passado rural seu surgimento ou raizes estão intrisicamente oriundo na matriz Lusitana e as consequências de uma economia agrária e patriarcal  numa sociedade escravocrata e absolutista, porém quando na abolição em 1888 evidencia-se uma ruptura dessa segunda influencia, dando se destaque ao movimento de modernização que veio depois.

Tendo sido influenciado pelo caractér audacioso do aventureiro importante para a colonização, aqui o homem trabalhador tem papel limitado na colonização do novo mundo. O homem Brasileiro traz em sí o portugues da monarquia pela falta de planejamento e organização vindo do fato que os colonizadores não chegaram certos de desenvolverem o novo território, mas sim de exporta as riquezas deste para a coroa, formado então pela cultura e valores do homem Portugues monarca e autoritário, trazemos uma herança rural  nos valores na carne e no hoje, tal como o desejo de fidalguia, exibicionismo e uma certa falta de capacidade de se organizar, inquietação natural de nossa raiz evidenciado na falta de coesão social, enpenho e dedicação exclusiva a um fim coletivo, aqui a polidez ritualistica das ações religiosas não se fazem por gosto e envolvimento, e individualmente a nenhum rito além da dificuldade em traçar relações impessoais, reinando relações pessoalizadas afetivamente, sua vida é antes um viver nos outros, sempre confundindo público e privado, estado e familia.

 O autor fundamenta que a escravidão do africano matou no homem livre a possibilidade de trabalhar e somente depois com a abolição de 1888 momento decisivo para o desenvolvimento nacional, proporcionou o desaparecimento do freio que impossibilitava a transição para outro paradigma, rompendo assim com o quadro social agrário que atrasava as transformações da indústria moderna na zona urbana, transfigurando uma ruptura do modelo econômico rural para a produção capitalista industrial, levando o pólo da economia para o centro urbano. Assim retirou as travas para as transformações modernas e trouxe consigo as tradicionais famílias para zona urbana com sua mentalidade e preceitos, não se despindo de seus valores que ainda hoje dar visibilidade a dois movimentos, o choque do tradicional com o moderno.

Desse modo nossa contrubuição para o mundo é O Homem Cordial,   
O homem cordial esta longe de concretizar-se como civilidade e boas maneiras, mas sim com um fundo emotivo transbordante e uma aversão a qual quer tipo do ritual de dedicação exclusiva, sempre numa forma ordinária de vivência subjetiva, sua pratica faz contraria a polidez ritualística.

.“A vida intima do brasileiro nem é bastante coesa, nem bastante disciplinada, para envolver e dominar toda a sua personalidade, integrando-a, como peça inconsciente, no conjunto social. Ele é livre, pois, para se abandonar a todo repertorío de idéias, gestos e formas que encontre em seu caminho, assimilando-os freqüentemente sem maiores dificuldades”.
(HOLANDA, 1936 p.151)

Marcados então pela herança rural da família e sua estrutura de relações afetivas tradicionalmente autoritárias que tem a forma de disciplina e obediência como norma geral de coesão social o que teria sido transmitida da família contaminando todos os setores institucionais representando o retrocesso vindo das raízes rurais.

Segundo Sergio Buarque de Holanda, deixa claro em Raízes do Brasil que nosso passado é um obstáculo e nossa modernização é a perca crescente das características Ibéricas rumo à urbanização cosmopolita, podendo dizer-se que de Portugal nos veio a forma atual de nossa cultura, e o resto foi materia que se sujeirou mau ou bem a esta forma, também esta claro o contraste entre o rural e o urbano tanto na economia quanto na cultura.

Nascido em São Paulo em 1902 Sergio Buarque de Holanda lecionou em varias escolas superiores em 1956 tonou-se catedratico de historia da civilização universidade de São Paulo faculdade de filosofia. È autor de cobra de vidro(1994), Visão do paraiso (1958), livro dos prefácios (companhia das letras , 1996) e O espirito e a letras, sendo Raizes do Brasil considerado um classico de nascença pela importancia que ganhou e relevancia do tema na época de sua publicação.   


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